LUIS DELGADO, O FALA-BARATO
Para Luis Delgado - antigo defensor de Santana Lopes - a desonestidade intelectual associada à sabujice não tem limites. Faltavam precisamente dois minutos para a meia-noite quando, na SIC- NOTÍCIAS, ele nos "esclarecia" que, de certeza absoluta, não ia haver segunda volta nestas eleições porque a decisão já há muito estava tomada pelo eleitorado e, triunfante, concluiu que não há milagres de última hora. Em Fevereiro último, em abono de Santana Lopes escreveu, preto no branco, em véspera de eleições legislativas, exactamente o contrário. Em crónica intitulada "As incógnitas finais", explicou então, a dois dias das eleições, que Santana Lopes ainda podia ganhar e para fundamentar tal hipótese, escrevia: «No final da manhã da batalha, o Sol levantou o nevoeiro, e o exército inteiro de Napoleão estava em cima dos austríacos e outros aliados, que foram dizimados sem perceberem o que tinha acontecido.Será que no domingo alguém vai beneficiar do "efeito de Austerlitz" (leia-se dos indecisos ou eleitores envergonhados)?». Valha-nos a memória contra os vendedores de banha da cobra.
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