Notas soltas
1. Há títulos de imprensa que me deixam perplexo: «PS acata veto político do Presidente À Lei da Paridade» (Público, 03.06). O titulo só faz sentido se houvesse a possiblidade de desacatar. Não havendo (exigira maioria qualificada no Parlamento) o título é benevolente para o PS.
2. Outro título no mesmo jornal: «Cavaco Silva: O abandono do suprapartidarismo». Isto a propósito de veto político à Lei da Paridade. Esta interpretação do veto presidencial só faria sentido - mesmo que mal interpretada - se a votação tivesse dividido o CDS e o PSD, por ou lado, e o PS, PCP e BE, por outro. Como o PCP votou em conjunto com o PSD e o CDS não se vislumbra onde está o abandono do suprapartidarismo.
3. O Fisco tem vindo, nos últimos anos, a alterar a sua atitude em relação à cobranças dos impostos e à punição dos devedores. O laxismo reinante durante décadas e décadas está a dar lugar à eficácia, à celeridade, à facilidade no uso dos meios informáticos. Os resultados começão a aparecer: mesmo sem crecimento económico, as receitas dos impostos aumentam, como notícia o Expresso.
4. «Se o PS quer "acelerar" a mudança cultural e política deve dar o exemplo. Não tem que o impor a qualquer outra força partidária. Já o fez no partido, mas não o fez, sintomaticamente, no Governo. » António José Teixeira, DN.
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