sábado, 22 de julho de 2006

Fidel Castro não melhora com a idade (ou a lei da rolha). Apesar de se sentir agora politicamente mais seguro do que nos anos noventa quando estava completamente isolado – desmoronara-se o bloco soviético e não tinha interlocutores na América Latina – o velho ditador das Caraíbas, digno comparsa de Rafael Leónidas Trujillo, continua igual a próprio, mesmo fora de portas: ontem, na Cimeira do MERCOSUR, um jornalista cubano a trabalhar em Miami, durante uma conferência de imprensa, perguntou-lhe pela situação da médica cubana dissidente Hilda Molina, cujos filhos e netos vivem na Argentina. Com o rosto tenso a sublinhar a contrariedade, Castro vociferou que o jornalista era “um infiltrado” na Cimeira, “um mercenário de Bush”. Juan Manuel Cao, o jornalista cubano, disse à imprensa argentina: "Nadie me paga, yo hago mi trabajo. No me asombra por supuesto, pero debería asombrar un poquito más que se moleste por una simple pregunta".Yo estoy haciendo el trabajo de periodista que es el de cuestionar al poder. En Cuba no hay prensa libre, toda la prensa está en manos del Estado. Yo sé que aquí Fidel es visto como un ídolo pero hay otro rostro de la dictadura cubana que nadie quiere ver que es éste".

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