domingo, 20 de agosto de 2006

Chamar os bois pelo nome.
A ANP (Açcão Nacional Popular), sucessora da UN (União Nacional), durante muitas décadas nomeou os presidentes de câmara. Os portugueses - os eleitores - não tinham capacidade de avaliar e de decidir em tal matéria. Este era um dos argumentos. Hoje, em Portugal, o herdeiro deste sistema anti-democrático é o PCP: menos de um ano após as eleições autárquicas, o "partido" está a avaliar o desempenho do presidente da câmara de Setúbal. E tudo indica que o vai substituir por uma senhora que ocupou o terceiro lugar na lista e que é vereadora da cultura. O desprezo pelos eleitores é o mesmo que o usado, noutros tempos, pela UN. Esta "avalição" partidária, neste momento, só tem explicação nas lutas intestinas, as quais se entrelaçam com o principal objectivo político do PCP: não se deixar engolir pelos seus parceiros do BE.

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