terça-feira, 26 de setembro de 2006

Até dá gosto ler.

«A republicação, por Fernanda Câncio, da entrevista que ela fez a Pedro Arroja há mais de uma década, no seu estilo fogosamente militante. Os temas abordados continuam em aberto e mantêm plena actualidade, o que mostra como são longos e árduos os trilhos do liberalismo. Mas a luta continua...» Circula por aí - na internet, obviamente - uma entrevista da grande aquisição desta época do Blasfémias, um tal Professor Arroja, do início dos anos noventa. Costumo destacar uma ou outra passagem, mas neste caso concreto gostei de toda e entrevista. Cada resposta conduz-nos ao paraíso. Não queria citar uma única frase, mas o rigor científico do professor não me deixa margem de manobra: "os negros americanos não estão na sua própria terra"- respondeu (todos os racistas chamam "negros" aos pretos).Qualquer raciocínio de um professor minimamente honesto intelectualmente, em consequência, acrecentaria que "todos os outros americanos, também, não estão na sua própria terra" porque só os "peles-vermelhas"(quase extintos, e o que resta a viver em jardins zoológicos denominadas "reservas") são os únicos que estão na sua própria terra. Porquê só os pretos? Obviamente, porque o Professor Arroja é branco; se fosse preto mordia a língua. Com a divulgação desta entrevista o Blasfémia está à beira de esconder o dito Arroja no baú. ... Chapéus há muitos. Só mais uma coisita: aquela dos pobrezinhos venderem o seu voto aos ricos é uma grande ideia... Garanto-vos que Arroja vai ficar na blogosfera como sinónimo de anedota!

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