sábado, 30 de setembro de 2006

Liberalismo à la Arroja.

Os companheiros do senhor professor doutor Arroja têm vistas curtas; direi mesmo demasiado curtas para a missão histórica a que se propõem: ganhar um espaço político para o liberalismo (entendido como eles o entendem) na sociedade portuguesa. A propósito de coisa nenhuma (um pouco ao estilo da minha prima Josefina que diz coisas para não estar calada), encontraram um cartaz do partido comunista francês de 1947 contra a entrada de dólares em França no quadro do Plano Marshall. E, demonstrando não perceberem patavina do que quer que seja, roçando um grosseiro ressabiamento, concluem: «Já na altura tinham um QI semelhante ao que demonstram hoje, o que até poderá constituir uma fortíssima prova contra o evolucionismo.» Lindo, dirá qualquer pessoa de bom senso. Como é que estes senhores poderão entender que a questão era ideológica e não de QI? Quem é que está em melhores condiões do que eu para lhes explicar isso?Porque se fosse de QI, atendendo à craveira dos muitos intelectuais que em 1947 estavam no PCF (ou eram seus companheiros de viagem) estes senhores que, hoje, escrevem estas baboseiras, seriam considerados atrasados mentais. Se querem ganhar algum espaço político levem a luta para o terreno ideológico e não para o nível do QI porque aí, por muito que se esforçem, ficam claramente diminuídos.
(Adenda: assim não vale. Este post, apesar de actual, ficou desvalorizado porque o autor do post por mim citado alterou o seu texto retirando a referência ao QI. ( Escreve agora: "Desde essa altura até hoje, mantém-se petrificados no tempo, o que até pode constituir uma fortíssima evidência contra o evolucionismo.", o que já é inquestionável e tinha dispensado o meu comentário). Se tal se ficou a dever a esta humilde referência valeu a pena!)

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