sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Visões pequeninas:

2. 80 000.
Se José Sócrates seguisse o conselho de certos entendidos em política nacional, o PS ficaria ao nível eleitoral do Bloco de Esquerda, mas muito mais grave do que isso, afundaria o que resta deste triste país. Eu, como cidadão, exijo reformas na Administração Pública que emagreçam o aparelho de Estado: só quero, no fundo, que todos os portugueses tenham os mesmo direitos e os mesmos deveres. Não aceito que uns tenham tenham ADSE e outos Caixa de Previdência; que uns tenham regimes especiais e outros regimes gerais; que uns sejam promovidos automáticamente e outros só o possam ser por mérito. Para abreviar razões, quero um Portugal própero e solidário e sei que nos países que os arautos da desgraça me apontam como modelo só há miséria, repressão e prisões por delito de opinião. Fazem-me sempre lembrar o pequeno diálogo entre Olof Palme e Otelo Saraiva de Carvalho, em 1975: Perguntava Olof a Otelo: quais são os objectivos da revolução? Otelo, sem pensar, como era seu hábito, tinha a resposta na ponta da língua: acabar com os ricos. Olof, sem querer ofender, porque era um homem de vistas largas, com voz quase sumida, respondeu: nós na Suécia lutamos há décadas para acabar com os pobres.

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