Citações. Fé vermelha, de Nuno Pacheco, Público de hoje:
«O que querem, pois, os resistentes comunistas da cimeira de Lisboa, mesmo os mais devotos ou honestos? Sobreviver, apenas isso. Manter galvanizadas as suas bases de apoio, nem que para isso tenham de mentir, como aliás sempre fizeram: o comunismo, enquanto sistema, deve deter um dos maiores índices de mentiras de toda a história universal. Ou parasitar os muitos podres que a sociedade, infelizmente, ainda lhes oferece: o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, as muitas guerras absurdas que o comércio, legal ou ilegal, de armas alegremente sustenta. Podem ser poucos, podem enganar-se mutuamente acerca da sua verdadeira representatividade ou força, mas isso pouco ou nada importa quando o que está em causa é a manutenção de um cenário que pretende iludir a decrepitude à base da fé. A fé nos "amanhãs que cantam" e na verdade não sabem cantar, a fé num "socialismo" que os seus antepassados políticos enterraram sob as cinzas de milhões de vítimas. No comício final, o russo Guenadi Ziugannov disse que o planeta "está a ficar mais vermelho". De raiva? Ou de vergonha?»
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