Ouvir a voz da “rua”.
Ontem, no congresso do partido socialista, Helena Roseta e Manuel Alegre – dois socialistas que não se cansam de dizer a José Sócrates que oiça a voz da rua – defenderam a peregrina ideia de que o Parlamento devia legislar sobre o Aborto, mesmo que o Não ganhasse o referendo, desde que o número de votantes não atingisse os 50%, ou seja, desde que não fosse vinculativo. Acontece que, por um lado, o resultado do referendo, independentemente do número de votantes, é sempre politicamente vinculativo; por outro lado, porque motivo se deve deixar, neste caso, de ouvir a voz da “rua”? Ou será que essa “rua”, a que Roseta e Alegre se referem, tem sentido único?
domingo, 12 de novembro de 2006
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