quinta-feira, 16 de novembro de 2006

A REPÚBLICA (3).
«- Não tens vergonha nenhuma, Sócrates, e interpretas as coisas de maneira a desvirtuares o meu argumento.
- De modo algum, meu excelente amigo. Mas explica mais claramente o que queres dizer.
- Certamente que cada governo estabelece as leis de acordo com a sua conveniência. Uma vez promulgadas essas leis, fazem saber que é justo para os governos aquilo que lhes convém, e castigam os transgressores, a título de que violam a lei e cometeram uma injustiça. De onde resulta, para quem pensar correctamente, que a justiça é a mesma em toda a parte: a conveniência do mais forte.»
(Platão, A República.)

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