Vistas curtas e vistas largas.
O edifício designado por Torres das Amoreiras é hoje uma peça de arquitectura pacificamente integrada na malha urbana de Lisboa. Mais: é uma boa peça de arquitectura vista dos seus variados ângulos, quer para quem vem da Ferreira Borges, quer para quem ascende pela Joaquim António de Aguiar ou pela Duarte Pacheco. Pode mesmo dizer-se que é um bom projecto de arquitectura em qualquer parte do mundo e, por isso, alguém teve o bom senso de reconhecer essa evidência ao atribuir o prémio Valmor, 1993. Mas, o que hoje é pacífico, provocou na altura da sua construção uma exacerbada polémica. Quase ninguém se recorda disso, mas Fernando Martins lembra uma conversa na televisão, há vinte anos, entre Miguel Sousa Tavares, um crítico do projecto, e o autor do projecto, Tomás Taveira. É uma conversa oftalmológica: entre quem tinha vistas curtas e quem tinhas vistas largas.
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