sábado, 9 de dezembro de 2006

POLÉMICAS. Estava eu – agnóstico, me confesso – animado a seguir uma troca de argumentos à volta das implicações que a religião pode (ou não) ter na opção pelo SIM ou pelo NÃO no próximo referendo quando, de repente, um não-interveniente na “contenda” chegou à beira do balcão e disse, com maus modos: acabou a conversa. Mas, se o não-interveniente tivesse acrescentado algo à conversa estabelecida ainda se justificaria a sua intervenção. Mas não o fez. Por isso, só se compreende tal intervenção se, por falta de argumentos, a interveniente lhe pediu ajuda. E se, a pedido, o não-interveniente, se decidiu por uma argumentação “colateral” é porque não tinha outros argumentos. Deste modo, o não-interveniente privou-me de uma boa discussão sobre um tema actual, o que eu adoro. (Quando se despeja argumentos a metro é preciso não fugir da contradição). Mas, contudo, caso o não-interveniente não tenha agido a pedido, ainda me parece que a interveniente não vai deixar que outro a empurre à bruta para fora conversa.

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