Nós, portugueses, em regra, guardamos para amanhã o que não nos apetece fazer hoje, contrariando o provérbio. Mas, apesar disso, é significativo – é bonito, diria mesmo – o movimento à volta de exposição de Amadeu Sousa Cardoso, na Fundação Gulbenkian, sobretudo pelos horários das visitas neste último dia, pelas horas de espera para comprar bilhete, para deixar objectos no bengaleiro e para entrar na Exposição. Estamos habituados a ver estes movimentos, estas longas filas e longos tempos de espera em museus ou centros de arte contemporânea em Nova Iorque, Londres ou Madrid. Mas, estas são cidades com uma população flutuante superior ao número de habitantes de Lisboa. Aqui, em Lisboa, o consumo, é caseiro, o que realça ainda mais esta procura. É bonito, pá!
(A este propósito ler: Há quem não acredite, mas ele existe, José Manuel Fernandes, Público, 14.01.07)
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