Comunicação directa (2)
Quando Ségolène Royal apresentou uma mensagem de Natal através da Internet, destaquei o que me pareceu mais importante: O que me parece relevante nesta mensagem é o facto de, hoje em dia, ser possível aos políticos comunicarem com os eleitores sem intermediação da comunicação social. Esta comunicação directa é um dado novo no relacionamento dos políticos com os eleitores. Depois de Ségolène, foi Hillary Clinton a utilizar a mesma comunicação directa quando anunciou a sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos. Por cá, por via do debate sobre a despenalização do aborto, Marcelo Rebelo de Sousa e Louça já fizeram uso deste novo tipo de comunicação. Hoje, o primeiro-ministro não perdeu a oportunidade de experimentar a fórmula a propósito da visita à China. Estamos no limiar de uma deslocação do eixo dos canais de comunicação entre o político e o eleitor. A intermediação feita pela comunicação social vai rivalizar com a comunicação directa e esta vai alterar as regras daquela intermediação. Acredito que na próxima década muita coisa vai mudar. Tal como escrevi noutro post: o pessoal da Time já conseguiu ver aquilo que por cá ainda nem se cheira. Vamos dar tempo ao tempo porque atrás do tempo tempo virá...
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