Portugueses.
Pego no tema e na óptica do Carlos Manuel Castro (Tugir) para dizer o óbvio: entre os dez primeiros portugueses de todos os tempos estão em maioria, e sem empurrão de “disciplina partidária”, portugueses do “fazer”: D. Afonso Henriques, D. João II, Vasco da Gama, Infante D. Henrique e Marquês de Pombal. Isto só pode significar uma coisa: os portugueses que contribuíram com o seu voto para esta escolha acreditam que é preciso uma visão do futuro e determinação para mudar, para “fazer” Portugal. Depois vêm, naturalmente, os nossos dois maiores vultos da cultura: Luís Camões e Fernando Pessoa, e o diplomata Aristides de Sousa Mendes – também homens com visão do futuro e determinação para mudar – o mundo é feito de mudança, escreveu um dos poetas escolhidos. Finalmente, a contra corrente: as “nossas” duas almas gémeas do século XX: Salazar e Cunhal (é bonito vê-los de mão dada nesta escolha): duas múmias agarradas ao passado e avessos à menor mudança. Ambos agonizavam só de ouvir falar em democracia. Só a “disciplina partidária” os inseriu nesta “história”. Eu não alinho nesta brincadeira, mas penso que Camões faz a síntese do melhor que nós temos e do melhor que nós somos.
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