segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Patetices.

Só agora li o artigo de Luis Delgado no DN de hoje. Seguindo o fio do seu “refinado” raciocínio, direi: em 1998, a Assembleia da República, no quadro das suas competências legislativas, aprovou uma lei de despenalização do aborto. António Guterres, primeiro-ministro, e Marcelo Rebelo de Sousa, presidente do PSD, urdiram a tese de que tal lei só deveria entrar em vigor depois de ser referendada. Ora, como essa consulta de 1998 não foi vinculativa, o que seria normal era ter entrada em vigor a lei aprovada na Assembleia da República. Mas não foi, no respeito pela vontade maioritariamente expressa. Evocar-se, hoje, o inverso é patético. A dúvida que me fica é se Delgado é mesmo patético ou se acha que lhe coube em sorte representar esse papel.

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