quarta-feira, 4 de abril de 2007

Portugal, um retrato social (2).

Pescamos um terço do que pescávamos há 40 anos e temos metade dos trabalhadores.” – Com este dado, António Barreto fez, no Retrato Social de ontem à noite, a síntese da evolução e do estado da indústria em Portugal. O desastre foi igual na agricultura, nos têxteis, na metalo-mecânica, no turismo e por aí fora. Nem governos, nem empresários souberam ver as mudanças e as exigências de modernização. A nossa industrialização tardia (e com um peso relativo no tecido social e económico) afundou-se. São dolorosas as imagens de estaleiros navais, fábricas têxteis ou de concentrado de tomate, outrora prósperas e com milhares de trabalhadores, completamente abandonadas, em ruínas. Mas, em cada um dos sectores avaliados, há exemplos de empresários que tiveram a lucidez de se modernizar e se adaptar às mudanças e às novas condições de mercado. São ilhas, mas demonstram que teria sido possível criar um país mais moderno, mais competitivo e mais rico.

Sem comentários: