terça-feira, 5 de junho de 2007

Contas.

Hoje um economista, (estará inscrito na respectiva Ordem?) jornalista do Público – Paulo Ferreira, de seu nome – abalançou-se a reproduzir uns gráficos (e a tecer uns comentários sobre os ditos) sobre as contas da Câmara de Lisboa desde 1999. Não apresentou as Receitas Correntes no dito gráfico. (Se apresentou Despesas Correntes e Despesas de Capital porque não utilizou o mesmo critério para as receitas?) Lapso? Esquecimento? Não interessava às conclusões que previamente queria tirar? Não sei, mas ele saberá. Não sei se são favoráveis à análise em causa ou não. Mas não aparecem, ponto. Depois não enquadra nos comentários que tece o que são Despesas de Capital – obras, casas, milhares de fogos construídos para acabar com as barracas, o que se traduz em acréscimo do património municipal. A diferença toda está no que o senhor jornalista não quis atingir: somar as Despesas de Capital (investimento, obra, enriquecimento do património municipal) dos referidos anos anteriores a 2001 (à volta de mil milhões de euros)(ADENDA: falta aqui a palavra e comparar, obviamente) com o Total do Passivo referido no gráfico (em 2001) – 523 milhões de euros. Ou seja, o passivo teve um crescimento muito inferior (é o que o próprio gráfico indica) comparado com as Despesas de Capital. E depois comparar, nos anos seguintes, de Santana e Carmona, o crescimento do Total do Passivo com a diminuição significativa das Despesas de Capital e o crescimento da Despesa Corrente. É aqui que reside o empobrecimento e o endividamento. É tão engraçado dizer uma larachas sobre o assunto....

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