domingo, 3 de junho de 2007

Piadas à Carmona.

Carmona Rodrigues, em entrevista ao Expresso, quando lhe perguntaram pela inflação de assessores nos seus mandatos, não respondeu à questão mas, para descalçar a bota, disse que, no tempo de João Soares, «havia na Câmara seis tradutores de russo». Eu nunca conheci nenhum. Nem no gabinete de João Soares, nem no gabinete de relações internacionais, nem em qualquer serviço da Câmara. Só se estavam na clandestinidade e na dependência dos pelouros atribuídos ao PCP. Como o «muro de Berlim» já tinha caído, talvez fosse necessário traduzir o Pravda diariamente.
Ainda na mesma resposta, Carmona acrescentou outra piada: «o número de funcionários duplicou». Ora, em 1990, haviam aproximadamente 9 800 funcionários na Câmara (incluindo a Polícia Municipal e Regimento de Sapadores Bombeiros). Duplicar dá quase vinte mil. Como é do conhecimento geral, a Câmara tem hoje onze mil e tal funcionários e aumentou mais de mil nos 6 anos em que Carmona andou por lá. É só saber tabuada, como é gelatinoso sacudir, assim, a àgua do capote.

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