A democracia quando nasce é para todos.
Já escrevi sobre os casos «DREN» e «Vieira do Minho». Já escrevi sobre a repugnância que me merecem os delatores. Mas, a propósito destes «casos», há uma coisa que ainda não escrevi: repugnam-me, também, aqueles que, aqui, em Portugal, se armam em virgens, gritam como se estivessem à beira de uma violação, mas defendem com unhas e dentes os «comités de defesa da revolução» – a mais profissional instituição de delatores, instalada em todos os bairros de todas as cidades cubanas, cuja única função é denunciar ao «partido» qualquer suspeita de actividades «contra-revolucionárias» de todos os cidadãos cubanos. As prisões estão cheias de cubanos em resultado de tais denúncias. A democracia quando nasce é para todos.