Foi assim?
Zita Seabra escreveu as suas «memórias», enquanto comunista, com o mesmo espírito com que um polícia norte-americano infiltrado num cartel da droga descreveria a sua odisseia depois de lá sair. Com duas diferença substanciais: o polícia norte-americano infiltrado foi para o cartel obrigado pelo dever profissional, enquanto Zita foi para lá de livre vontade; o polícia não estava de acordo com a actividade do cartel, enquanto Zita comungava dos ideais. «Foi assim» é, acima de tudo, um ajuste de contas de alguém que gostaria ainda de estar no partido, mas foi atirada pela borda fora. Passados estes anos ainda não digeriu a expulsão. Voltarei ao assunto.
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