Eles têm encontro marcado.
O «Avante» de hoje concentra-se no «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais». Octávio Augusto, membro da Comissão Política, escreve sobre a Deriva autoritária; José Casanova disserta sobre Profissão: bufo; enquanto Jorge Cordeiro nos fala em Sinais inquietantes. Sinceramente, sem ponta de ironia ou, penso eu, de demagogia: nos últimos 33 anos não tinha assistido a uma desorientação política e programática da direita tão evidente; a uma capitulação (direi mesmo, decomposição) total da direita à política e ao programa dos comunistas. Até o cartaz do PSD «Não tenha medo» parece ter sido concebido no «Hotel Vitória». Uma coisa é o dever cívico de vigilância democrática; outra, bem diferente, é a rendição programática e ideológica aos arautos dos «amanhãs que cantam». A direita queixa-se da preponderância da cultura comunistas na sociedade portuguesa, mas é a primeira a servir de tapete a essa cultura.