||| O tempo.
O tempo é uma «coisa» tramada. Nem pára, nem nos dá descanso. É mortífero. Se não fosse a velocidade constante em que o tempo engrenou não havia velhice, nem morte. Por culpa do tempo que não pára, nem se compadece, estou temporariamente «sem tempo» para uma presença diária nestas andanças. Mas atrás do tempo, tempo virá. Espero. E quem espera sempre alcança, diz a sabedoria popular. Fico, pois, por agora, intermitente: sempre que o tempo vier ao meu encontro, apareço; sempre que, ingrato, o tempo me desapareça, eu desapareço à procura do tempo para voltar aqui. Contra o tempo não se luta.