||| Desligar a aparelhagem.
Uns dizem que as manifestações de rua marcaram o destino de Correia de Campos; outros acrescentam que se não fosse o empurrão de Manuel Alegre o ministro não teria caído. Uns dizem que José Sócrates fez bem em substituir o ministro da Saúde; outros dizem que foi um mau sinal, um sinal de cedência à pressão da rua. Mas, para além da espuma que se desfaz depois da tomada de posse da nova titular do cargo, o que fica? Nada, porque o essencial das medidas do governo já foi realizado pelo «despedido». Daqui para a frente resta gerir as mudanças. E nada melhor do que uma nova cara, um novo estilo. De preferência com um sorriso nos olhos e uma atitude dialogante, como quem já não pode alterar nada do que está feito. No fundo, o que a própria indigitada disse: defender o que foi feito e defender o Serviço Nacional de Saúde. É uma boa síntese. Quem se encarniça com a «remodelação» do ministro da Saúde é porque queria «música» até ao fim do mandato. Parece que José Sócrates desligou a aparelhagem.