segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

||| - Sei que não vou por aí!

Por aqui, neste triste e pobre país, «socraticamente amordaçado», emergem, cada vez mais, «sinais de carácter fascizante.» – dizem-me alguns, com voz melosa. A esperança está no outro lado do mar, também me dizem. Ainda ontem, a «democracia», mais uma vez, deu sinais de vitalidade. O povo cubano, feliz, ocorreu às urnas para eleger, pela vigésima vez consecutiva(o que equivale a 48 anos – tantos quanto durou a «democracia» do Estado Novo) o grande timoneiro da «democracia cubana»: o eterno «camarada» Fidel Castro. Não há, pois, que fugir à «realidade» porque ela, maléfica, nos apanha ao virar da primeira esquina, como nos apanhou na noite de 09 de Novembro de 1989, em Berlim. Eu, pela minha parte, sei que não vou por aí!
(Foto de uma rua no centro de Havana tirada daqui.)