sábado, 9 de fevereiro de 2008

||| Adivinhem quem tem razão?

O Grémio Lisbonense é uma associação de cultura e recreio, fundada em 1842, sita no Rossio (por cima do Arco do Bandeira). Ocupa uma casa pombalina cujo proprietário lhe moveu uma acção de despejo. O Tribunal deu acolhimento às razões do proprietário. A PSP foi requisitada para cumprir a sentença judicial. Uns «populares» deslocam-se ao local com o propósito de impedir a execução da sentença judicial. A PSP impediu o assalto à sede, onde cumpre o mandato judicial. Os «populares», entrevistados pelas televisões, protestam contra as bastonadas da PSP: «carga selvagem», «brutalidade» e outros mimos. Em suma: num Estado de Direito, a PSP foi chamada a cumprir ordens de um Tribunal; os «populares», de livre vontade, procuraram impedir a execução de uma sentença judicial. Três questões se colocam: primeira, na contenda entre os «populares» e a PSP, adivinhem quem tem razão? Segunda, durante os anos em que decorreu o processo judicial, a Direcção do Grémio Lisbonense, em conjunto com entidades públicas, nomeadamente a Câmara Municipal, não conseguiram chegar a um acordo com o proprietário do edifício? Terceira, é razoável uma renda de 300 euros por mês num andar com aquela dimensão e localização? Haja bom senso!