||| Citação [7].
A pequena história de uma grande ministra, Manuel Carvalho, editorial do Público, 27.02.08. (Transcrição parcial. Sublinhados meus)
«A ministra da Educação caminha a passos largos para a conquista do estatuto da mulher certa na plateia errada. No último Prós e Contras, da RTP 1, era impossível não concordar com a justeza da maioria dos seus argumentos e de não lhe reconhecer coragem pelo empenho com que defendia reformas que, em alguns casos, vegetam há décadas no limbo do conservadorismo e da indecisão. Mas era também impossível não reparar que o seu discurso esbarra num muro intransponível, feito de rejeição, hostilidade e ressentimento que impedem qualquer esboço de diálogo. (...)
O que o programa de anteontem da RTP revelou com contornos negros é o drama de algúem que, no essencial, tem razão, mas que é incapaz de a fazer valer aos que a rodeiam. As escolas necessitam de novas regras de gestão, com a participação das autarquias e dos pais, os professores precisam ser avaliados. É isso que a ministra defende. Mas a política nem sempre é terreno fértil para a razão.»