||| Cuba – por agora nada de novo.
A comunicação social europeia anda muita ocupada com as «mudanças» políticas em Cuba. Ainda não dei por nada. Fidel Castro continua a desempenhar o mesmo papel de sempre, mesmo debilitado pela doença, coadjuvado pelo seu irmão, Raul Castro. Nada mudou, nem hoje, nem no começo de Agosto 2006, quando o velho ditador das Caraíbas «deu» ao irmão, como dote, a «gestão» do regime. E nada se vai passar até à morte do comandante em chefe. Daí para a frente, sim. Com a morte de Fidel vão acontecer, gradualmente, duas coisas: os opositores da ditadura vão ensaiar uma resistência maior, por um lado; dentro do regime, vai começar a luta para a sucessão de Raul Castro, a quem poucos reconhecem capacidades de liderança, por outro. Apertado por todos os lados, o «jovem» Castro vai aumentar a repressão sobre a oposição e iniciar o processo de «liquidação dos traidores» internos. Quando este processo se iniciar, a queda da ditadura castrista estará por meses, um ano ou dois no máximo. Por agora, nada de novo. (Imagem de Pedro Vieira)