quarta-feira, 5 de março de 2008

||| Professores. As coisas que eles dizem:

António Ribeiro Ferreira: «Os professores vão para a rua defender a incompetência e o laxismo. Os professores vão para a rua porque a política do Governo colocou os interesses de pais e alunos acima dos seus privilégios. Os professores vão para a rua porque o seu Ministério da 5 de Outubro está a ser substituído por um Ministério da Educação. Os professores vão para a rua, apoiados pelo PCP, PSD e parte do PS, porque têm medo de ser avaliados. Os professores vão para a rua porque a vergonha há muito deu lugar à pouca vergonha neste sítio chamado Portugal.»
Rodrigo Moita de Deus: «Nestes trinta anos de lamúrias sobre a educação que não temos, a responsabilidade já foi dos governos, dos ministros, das instalações e dos manuais. E mesmo assim o sistema não funciona. Reformámos governos, ministros, instalações e manuais. E mesmo assim o sistema não funciona. Somos dos países no mundo que mais investe per capita em educação. E mesmo assim o sistema não funciona. Mudámos tudo, culpámos quase todos. Quase todos. Claro. A culpa não pode ser dos senhores que dão as aulas
João Gonçalves: «Quando vejo um professor a falar em "hierarquia fascizante" nas escolas, não sei se me dá mais para rir ou se para chorar. Imagino o que é que os "alunos", já por si dados à "festa", andam a pensar disto tudo. Sócrates entretanto devia correr com Valter Lemos - um pequeno cacique sentado na 5 de Outubro - que não se perdia nada. O que não pode é, nesta esquizofrenia para a qual a própria contribuiu, desautorizar Maria de Lurdes Rodrigues. O cálice bebe-se até ao fim: a alternativa não pode ser o governo das escolas ficar entregue a estes descamisados tardios que raciocinam, em 2008, como há quarenta anos atrás