terça-feira, 4 de março de 2008

||| Voltámos à rua?

O PS, tal como qualquer outro partido, tem todo o direito de realizar os comícios que quiser, quando quiser e onde quiser. O facto de ser o partido no governo, para o qual foi eleito por vontade da maioria absoluta dos portugueses que se pronunciaram sobre o assunto, não diminui esse direito. Isto é tão elementar que se estranha as vozes dos que, por demagogia ou má-fé, de forma aberta ou velada, comparam o comício marcado para o próximo dia 15 de Março com as «manifestações» de apoio ao governo marcelista. Vivemos em democracia, apesar de muito «boa» gente não entender isso. A questão é outra: o PS responder ao PCP – partido que vale 7% do eleitorado – e ás manifestações de rua, sobretudo dos professores, com a convocação de uma acção de rua - um comício. A realização do dito comício retira «margem de manobra» às contestações? Creio que não. Ou, talvez, antes pelo contrário. Para comemorar 3 anos de governação? Falsa questão, já que não o fez no primeiro e segundo ano. Como se escreve aqui (de onde retirei a foto), não estamos nos tempos da Fonte Luminosa, em que o PS saiu para a rua para derrotar a ameaça de uma ditadura comunista. No dia 15 de Março, ou o PS faz uma demonstração de rua que deixa o país de boca aberta, o que não creio ser possível, ou é o PS que fica de boca aberta.