segunda-feira, 16 de julho de 2007

Coisas simples.

Como todos deviam saber, o facto de se ser arguido num qualquer processo não significa que se tenha cometido algum crime. Nem mesmo o facto de se ser acusado significa isso. O ministério público é o ministério público e, num Estado de Direito, só aos Tribunais está conferida a competência de julgar e, em consequência, condenar ou não condenar. Tudo isto é elementar. A pergunta que eu coloco, neste momento, é a seguinte: no caso de, até à próximas eleições autárquicas, Carmona Rodrigues não ser acusado no chamado «caso Bragaparques» ou, sendo acusado, venha a ser absolvido por quem tem a competência para o julgar – os Tribunais –, Marques Mendes, Francisco Louçã e Sá Fernandes terão cara para sair à rua? Desaparecem definitivamente da vida política portuguesa? Ou sentirão, ao menos, vergonha de se cruzarem com os seus concidadãos? Na moralização da vida política portuguesa é tã indispensável combater a corrupção, como o terrorismo demagógico. Ambos são perniciosos na mesma medida.

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