terça-feira, 8 de janeiro de 2008

||| Há aqui um fio condutor, uma simbiose entre comunistas e ex-comunistas que me deixa perplexo. Será saudades do fascismo?

Podia gastar-me, aqui, em botar faladura séria. Manejar argumentos. Ridicularizar. Teorizar sobre ditaduras, prisões arbitrárias, milhares de mortes com tiro na nuca. Campos de concentração, gulagues e outras manhas ensanguentadas. E, também, sobre a democracia, liberdade de expressão, de imprensa, de associação, eleições, e por aí fora. Mas, perante, a patética onda anti-fascista do momento, apenas deixo um pequeno registo de sintonias:
1. - Zita Seabra, ex-militante comunista, diz: «Liberdade e democracia estão em perigo».
2. - António Barreto, ex-militante comunista, diz: «Não sei se José Sócrates é fascista», (Público, 6.01.08).
3. - Miguel Urbano Rodrigues, militante comunista, diz : «O governo desta ditadura socratiana da burguesia, com máscara democrática, está progressivamente a desenvolver, na dialéctica do processo, uma política em que despontam já matizes neofascistas
4. - António Vilarigues, militante comunista, diz: «… trata-se de uma forma de censura adequada à globalizada ditadura parlamentar da burguesia, subtil e mais violenta, porque disfarçada, que a censura assumida pelos regimes fascistas e fascizantes
5. - Vitor Dias, militante comunista, diz: «se chegou em Portugal, com o PS no Governo, ao grau cem da infâmia e ao grau zero da decência e do espírito democrático
(A lista podia continuar com Pacheco Pereira, e muitos mais. Quando confundirmos democracia com fascismo estaremos preparados para aceitar qualquer ditadura. Isso é o que os defensores de regimes ditatoriais desejam.)