sábado, 30 de setembro de 2006

Convicções.
Caro Jorge: penso que o apoio frontal a Lula da Silva não é uma questão de coragem, mas de convicção, na medida em que nunca me deixei manietar por raciocínios primários do tipo: quem apoia Lula, apoia a corrupção. Primeiro, a democracia (tal como ela é possível no Brasil); a seguir, o desenvolvimento económico e o bem-estar de quem trabalha; depois vem o resto. Esta hierarquia não desvaloriza os danos que a corrupção (que é transversal na política brasileira) provocam, quer no sistema democrático, quer na economia. De qualquer forma, amanhã saberemos o que o povo brasileiro pensa sobre o assunto. Esse é o único veredicto importante.
(Adenda: se colocamos as coisas no plano formal cabe-me perguntar se Lula da Silva foi acusado, julgado ou condenado judicialmente por qualquer facto ilícito? Estamos a falar, pois, nos planos ético, moral e político. )

Sem comentários: