sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Material impróprio para consumo.
Nos velhos tempos, o PCP, quando a linha oficial era contrariada por algum militante e as coisas azedavam, o prevaricador era expulso do partido e, em muitos casos, levava estampado nas costa um argumento fatal: tratava-se de um "pide" infiltrado nas fileira do glorioso. Aliás, esta actuação estava na linha das acusações dos processos de Moscovo, onde os militantes fuzilados eram todos "agentes do imperialismo americano". Esta linha "argumentativa", própria de quem lhes escasseia outros argumentos, está praticamente morta, sobretudo em democracia, apesar de a ainda haver resquícios para as bandas de Havana, por exemplo. Apesar de saber que não devo meter a foice em seara alheia, há situações que me deixam os nervos à flor da pele. Mas não só: há comportamentos a que não devemos fechar os olhos para não sermos cúmplices. Ora vejam isto: o autor do Bloguitica escreveu isto. E o jornalista visado, co-autor do Glória Fácil, respondeu isto. Independentemente das razões, que cada leitor avaliará, pergunto: "Caro pidezinho"? Nem sequer falta o "por conta de quem?". Já chegámos a Cuba ou estamos a caminho de Pyongyang? Esta relação - esta fiscalização - dos média pelos blogues começa a tomar forma e as reacções são as que se lê. Ainda agora a procissão vai no adro...

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