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«Como filho de pescador não posso ficar indiferente à morte dos pescadores junto às praias da Nazaré, é necessário perguntar se foi feito tudo o que era possível, se este país está a dar a devida atenção aos homens do mar. É evidente que os recursos são escassos e que um modelo de salvamento assente em meios aéreos concentrados nas respectivas bases pode ser insuficiente. (...) Não há sistema de segurança que possa acorrer a este tipo de situações. Pescador é uma profissão de alto risco e quando se transige em regras de segurança esse risco cresce exponencialmente. Pescar na zona da rebentação é como circular numa auto-estrada no sentido inverso, o acidente ocorrerá mais tarde ou mais cedo.»
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