sexta-feira, 6 de julho de 2007

O desassossego da «independente» que um dia pensou ser presidente da Câmara de Lisboa.

As contas que Helena Roseta fez, há uns meses atrás, vão sair furadas. Pretendia repetir em Lisboa a «façanha» de Manuel Alegre nas últimas presidenciais: ficar à frente do candidato oficial do PS numa disputa eleitoral para a Câmara de Lisboa. Alegre já tinha demonstrado que isso era possível. Mas, aqui, as possibilidades eram mais sérias, porquanto o PSD, em Lisboa, estava de rastos: Isto significava a forte possibilidade de, ao derrotar o candidato oficial do partido socialista, vir a ser presidente da Câmara de Lisboa. Viu a nesga por onde podia passar. Valia a pena abandonar o PS e caminhar com os «cidadãos» – aqueles homens e mulheres que, desencantados com a política e os partidos políticos, ficam sensíveis ao discurso populista – rumo a esse sublime objectivo. E na passagem, como quem não quer a coisa, escaqueirar o PS. Muita gente de direita percebeu o «truque» e rumou célere às Portas de Santo Antão levando-lhe, em vez de rosas, assinaturas. Nada mais ilusório. No fundo, Helena Roseta é uma mulher a quem corre a política e a vida partidária nas veias, desde há mais de 30 anos; sempre esteve em cima do palco nos dois partidos por onde passou e durante todo este tempo. Agora, não aguentou sequer dois anos sentada na plateia e sem os holofotes em cima. Só isso!