quinta-feira, 11 de outubro de 2007

||| Governo e oposição ou apenas puro veneno.

O PCP, na oposição na Câmara de Lisboa, defende que «os trabalhadores não são descartáveis», como a maioria PS/BE pretende. Como ajuíza o «Avante», a maioria PS/BE está a proceder a «despedimentos»: cerca de três dezenas de funcionários da Divisão de Medicina no Trabalho receberam cartas a anunciar a rescisão dos contratos. É notório que o PCP quer fazer, a partir do concreto, a prova de que o BE representa a pequena burguesia radical e, por razões de classe, está sempre disposta a vergar à grande burguesia e ao capital, neste momento «representado pelo PS». Na lógica do olhar marxista, em que o BE se situa, numa revisão «modernista», a desmedida ambição de Sá Fernandes em ser vereador com pelouro vai dando razão ao PCP. Mas, as razões do PCP vão mais longe. O BE não se submetia ao «acordo de Lisboa» só em função das ambições pessoais de Sá Fernandes. O PCP «sabe» que a «pequena burguesia radical de fachada socialista», como a caracterizam os clássicos, por muito que barafuste, capitulará sempre face ao poder do grande capital. Esta luta entre a «classe operária» e a «pequena burguesia» vai dar um grande romance…