sábado, 15 de março de 2008

||| Leituras matinais.

«Sabia que Portugal é um dos países onde os professores mais ganham? E também um daqueles que mais dinheiro público investem na Educação? E um dos que mais desigualdade perpetuam no sistema? E um dos que piores resultados têm
Henrique Monteiro, Expresso, 15.03.08.
«A reacção da Igreja talvez tenha beneficiado Zapatero e prejudicado Rajoy. As reivindicações do "independentismo" catalão e basco talvez tenham beneficiado Rajoy e prejudicado Zapatero. Mas, no fundo, a "memória histórica" não contou. A Igreja sofreu um vexame inútil. Os partidos regionalistas quase desapareceram. E a eleição acabou por se decidir pelas questões prosaicas da economia e da estabilidade
Vasco Pulido Valente, Público, 15.03.08.
«Ora estes dados ficam baralhados, porque não é normal, nem sequer seria expectável, que os partidos de direita, de forma mais directa ou indirecta, caucionassem ou apoiassem situações que parecem retiradas do PREC (processo revolucionário em curso, como era chamado em 1975). Ao apoiar, ou ao não condenar politicamente estes avanços dos sindicatos e das forças que eles conseguem congregar, ao não gerar um discurso político que se oponha à força demagógica (e naturalmente não democrática, na sua essência) do discurso da rua, da força dos números, das bandeiras e dos punhos erguidos, a direita contribui anacronicamente para o fortalecimento daqueles que a querem liquidar.» O PREC ocorreu numa altura em que a direita pouco existia e a que existia tinha vergonha de o ser. Neste momento em que a desorientação e falta de rumo são a marca dessa área política, a rua volta a contar
Editorial do Expresso, 15.03.08.