||| Piercings e tatuagens.
No último dia de uma semana de contestação de rua ao governo, a qual se iniciou com uma significativa manifestação do PCP, passou pelo sucesso da «marcha da indignação» dos professores e acabou com o insucesso de uma greve dos trabalhadores da Função Pública, o grupo parlamentar do PS, num «golpe de asa», como quem já esgotou a imaginação ou perdeu a capacidade de distinguir entre o essencial e o acessório, apresentou um projecto de decreto-lei sobre a proibição de piercings e tatuagens. Se a falta de oportunidade é de bradar aos céus, a «cultura» subjacente a tal proibição (de intromissão do Estado na vida privada dos cidadãos, em nome de interesses públicos, desta vez a saúde pública), é de bradar aos infernos. Haja bom senso.